Crianças e histórias: uma relação para a vida!
Sabemos que a narração de histórias é importante para as crianças porque percebemos o quanto elas gostam desses momentos. Sentimos o interesse que vai sendo construído à medida que a leitura se estabelece no cotidiano de suas vidas. Quando as crianças recontam as histórias desenvolvem a oralidade. Ao folhear os livros, entram em contato com a língua escrita.
- Mas como acontece a relação entre crianças e histórias?
- Como podemos contribuir para construir o prazer nessa relação?
Até um ano as crianças gostam de livros que possam sacudir, fazer sons, morder, agarrar, sentir texturas e apertar. Para elas, os momentos de leitura podem ser diários. Nunca é cedo demais para ler para os bebês! Os momentos de leitura nessa fase contribuem para a construção do amor pelos livros. Os pequenos adoram ouvir a voz de seus cuidadores, sentar no colo e mergulhar na aventura da história com ótimas companhias. Essa escuta e as conversas que podem surgir favorecem o aprendizado das palavras. Quando completam um ano, os bebes podem arriscar falar uma ou duas palavras.
Registro fotográfico: muito mais do que documentar!
Uma imagem vale mil perguntas!
Disse, no 18o Seminário de Educação Infantil, André Carrieri, consultor de Educação e Comunicação.
Essa frase inspirou a preparação de material para reunião de reflexão com professores em formação.
Para elaborar o material utilizamos as fotografias das propostas de atividades desenvolvidas em sala, com professores e suas turmas, na etapa das práticas da formação em serviço.
REolhamos, selecionamos, recortamos e remontamos as fotos e vídeos para despertar nos professores olhares amplos, investigativos e curiosos sobre o que aconteceu naqueles momentos.
Esse processo de reflexão sobre o registro e avaliação do que aconteceu, fez brotar muitas constatações inéditas e … um sem número de perguntas!
Reuniões, Paradas Pedagógicas, Encontros: tem jeito de ser agradável e produtivo? – PARTE 2
Na primeira parte desta postagem (Reuniões, Paradas Pedagógicas, Encontros: tem jeito de ser agradável e produtivo? – PARTE 1) abordamos o levantamento do conteúdo a ser levado para as reuniões e encontros. Agora a proposta é pensar sobre como fazer estes encontros acontecerem: como caber tanto assunto nas horas disponíveis? Como dar conta da organização? Como valorizar e incentivar a participação e o engajamento de todos?
Nossa experiência como formadoras, que mergulham na realização de workshops formativos, pode contribuir com algumas dicas.
Rosa Iavelberg: o processo de aprendizagem do desenho na infância
Rosa Iavelberg, educadora, autora do livro Desenho na Educação Infantil fala sobre o novo olhar para o processo de aprendizagem do desenho na infância.
Rosa, são muito difundidos os estudos sobre as fases do processo de desenho na infância. Há um novo olhar para este processo?
Desenhar não é uma questão de dom. O desenho praticado desde a Educação Infantil pode abrir um mundo novo de experiências simbólicas que expandem a imaginação, a expressão e a capacidade criadora.
O que move a criança a desenhar é sua interação com os próprios desenhos e a sua diversidade presente nos ambientes. Hoje não se compreende mais o desenho da criança passando por fases de desenvolvimento de modo espontâneo e sim, que todos os alunos podem aprender a desenhar com orientação didática adequada sem ter medo de criar.
Desenho: espelho do desenvolvimento infantil
O desenho é um pilar do trabalho com a infância. Desenhando a criança mobiliza tantos processos cognitivos e motores que a atividade, lúdica e prazerosa, favorece desenvolvimentos e ainda dá pistas deles para os educadores.
No post Repetir propostas para crianças. Será? Falamos sobre a repetição de atividades, destacando o desenho. Ao repetir o ato de desenhar a criança evolui as marcas que aprende a fazer. Lowenfeld, Piaget, Vygotsky e Luquet estudaram esse desenvolvimento e o consideraram como marcas do amadurecimento da criança.
Segundo Lowenfeld, a criança inicia o processo de desenhar fazendo garatujas ou rabiscos de forma desordenada. Em seguida, os rabiscos vão se ordenando. A prática desse rabiscar encaminha a criança para fazer formas. As formas vão gerando as figuras humanas que são constituídas basicamente por cabeças redondas e membros que se originam dela. Essas figuras, ao longo das repetições, vão adquirindo mais detalhes e o desenho passa a evoluir na composição também.
Um livro, um aviãozinho e muita imaginação
Fernandinho, um menino de 8 anos, ganha do pai um aviãozinho e um livro de sua infância. Encantado com a história, Fernandinho decide que quer ser aviador. Junto com seus brinquedos favoritos, Ursinho e Chocolate, que ganham vida com a imaginação, Fernandinho visita lugares inusitados, como a Lua e o fundo do mar, e percorre diferentes territórios – África, China, Índia, Rússia.
As aventuras do avião vermelho
Ir hoje ao cinema para ver uma animação é colocar óculos 3D e esperar que explosões, carros e outras parafernálias saltem da tela.
Com o filme Aventuras do aviãozinho vermelho é diferente!
Frederico Pinto, diretor de cinema, se propôs fazer um filme infantil sem os recursos 3D e mostrar que é possível contar histórias com outras técnicas. Com a história Aviãozinho Vermelho do escritor Érico Veríssimo na mão e a ideia de ficar o mais próximo dos desenhos feitos para a obra, nasceu o filme que estréia hoje dia 11 de dezembro.
Frederico conta que a animação foi feita à moda antiga: com lápis e papel (e não apenas com computadores, como é costume atualmente). Cada segundo de filme é composto por 12 desenhos, que depois são colocados em sequência para dar a ideia de movimento. No fim, mais de 50 mil ilustrações foram feitas para a produção!
Repetir propostas para crianças. Será?
Educadores de educação infantil geralmente sofrem da ansiedade de buscar rotineiramente atividades diversificadas. E não se trata de buscar a ampliação das pesquisas que as crianças fazem. Trata-se de inovar os formatos das propostas para buscar novos processos e resultados.
Realmente, as surpresas movem as crianças porque intrigam, despertam o interesse e as descobertas. Mas, para movê-las nesse sentido, não é necessário inventar novidades a todo o momento.
Sementes do Nosso Quintal – um filme lindo e um ótimo recurso para reuniões e paradas pedagógicas
Reuniões e encontros pedagógicos entre educadores são vitais para trocar experiências, buscar direcionamento no trabalho com a primeira infância, qualificar os processos, ampliar repertório e trazer aquela sensação de que não estamos sozinhos na jornada. O filme Sementes do Nosso Quintal é uma fonte de inspiração para esses momentos!
Os encontros entre professores podem contar com a informalidade, mas um roteiro ou uma pauta compartilhada com os participantes, organiza o tempo e evita que se passe momentos preciosos de discussão e reflexão falando das pequenas questões do dia a dia (as roupas nas mochilas, os atrasos, gripes e viroses entre outros problemas corriqueiros). Além de um roteiro com os principais assuntos e temas a serem abordados, o responsável pela organização da reunião deve incluir algo que inspire e que leve o pensamento a outras formas de olhar educação e infância. É como trazer novos ventos e horizontes para obrigar a equipe a desapertar o botão do piloto-automático. Alguns textos, distribuídos antes do encontro, podem levantar boas discussões e reflexões. Os vídeos também são recursos potentes para promover um mergulho em outros mares. O filme Sementes do Nosso Quintal, com direção e produção de Fernanda Heinz Figueiredo, é hoje uma referência nacional para sonhar e levantar assuntos sobre a educação na infância.