Palavra de… Solange Muszkat: inclusão, autismo e a atuação do educador
Tempo de Creche tem recebido diversas mensagens de educadores com dúvidas sobre inclusão, trabalho pedagógico com crianças com deficiência e autismo.
Conversamos com a pedagoga e especialista em inclusão, Solange Z. Muszkat, sobre a postura e as ações práticas para incluir crianças especiais e garantir o desenvolvimento de de todo o grupo.
Tempo de Creche – O que as creches precisam garantir para que seus professores possam trabalhar com crianças com deficiência em suas turmas?
Solange – É extremamente necessário que gestores escolares e professores estejam abertos à chegada de crianças com necessidades educacionais especiais (NEE), acolhendo-as e desprendendo-se de velhas crenças para que o resultado seja positivo.
Não existe um perfil ideal de professor para trabalhar com crianças com NEE. O professor que está preparado para atuar como educador, em tese, estará apto a trabalhar com todo o tipo de criança, seja com NEE ou não.
Além da formação de base, é preciso garantir aos professores materiais e salas adequadas e constante reciclagem, oferecendo-lhes cursos e oficinas. A boa vontade e amar o que se faz são primordiais para o bom desenvolvimento de crianças com NEE.
Aguçando os sentidos e construindo saberes
A museóloga e educadora de museus, consultora de Acessibilidade em Ação Educativa Inclusiva, Amanda Fonseca Tojal, valoriza educação para os sentidos como um recurso pedagógico para todas as crianças e principalmente para o estimulo na inclusão de crianças com deficiências.
Tempo de Creche – O que se deve proporcionar para uma criança que está começando a descobrir a vida?
Amanda – O que eu tenho visto hoje em dia, cada vez mais, é a virtualização do nosso ambiente, a virtualização da nossa vida e da nossa comunicação. Claro que eu não estou criticando e não sou contra este tipo de tecnologia. Ela é muito importante. Ela é fascinante e este processo não tem retorno.