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Tapas, empurrões, chutes e puxões de cabelo – como reagir nessas situações? O que fazer? Como entender a agressividade na primeira infância? Veja as reflexões, as dicas e brincadeiras para trabalhar essa questão.

agressividade

No olhar da psicologia, a agressividade que se manifesta nos primeiros anos de vida é um comportamento normal. É uma espécie de reação que ocorre quando a criança está à frente de algum acontecimento que a faz se sentir frágil e insegura.

Assim, na primeira infância é comum as crianças expressarem desejos e frustrações por meio de comportamentos nada polidos e pouco aceitos, causando incômodo em todo o grupo.

Alguns estudos*[1] entendem que a agressividade na Educação Infantil está cada vez mais presente:

  • pela falta de estrutura familiar
  • pela falta da atenção dos pais,
  • pela reprodução de atitudes presenciadas,
  • e nas tentativas de atrair atenção para si.

No ambiente da educação também cabem algumas reflexões:

  • Como a instituição analisa as ações de sua própria equipe com as crianças?
  • Temos consciência de quais atitudes são favoráveis ao aparecimento de frustrações nas crianças?
  • Os educadores trabalham a autonomia das crianças e a construção do respeito pelo outro? Ocorre interação entre crianças de idades diferentes? Como ela é?
  • Quanto a estrutura da rotina e a organização das atividades permitem a expressão e a manifestação dos desejos e estados de espírito das crianças?
  • A turma fica muito restrita às salas? O corpo tem espaço para se movimentar, para experimentar e para interagir?

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Como trabalhar com grupos de crianças agitadas? Qual deve ser o olhar do adulto para as “crianças agressivas”? “Crianças agressivas” são assim tão comuns? É possível colocar todos os pequenos no mesmo ritmo? Partindo do pedido de ajuda de uma professora, vamos conversar sobre isso.

Recebemos mensagem de uma leitora apreensiva com algumas crianças de sua turma de 3 anos: preciso de algum texto que fale sobre comportamento muito difícil em crianças do maternal 2, entre 3 e 4 anos… Preciso na verdade de dicas de “ações – atividades” para trabalhar com o meu grupo de 17 crianças de uma comunidade carente e violenta… (S.O.)

Essa é uma situação que causa inquietação, mas é mais comum do que gostaríamos. Vamos percorrer um caminho que possa inspirar soluções consistentes.

Primeira parada: “estamos”, e não “somos”!

Sabe aquela fase em que passamos por situações complicadas e não somos compreendidos? Ficamos nervosos, agressivos e rabugentos, não é mesmo? Mas essa situação é transitória, porque, na verdade, não SOMOS rabugentos ou nervosos, simplesmente ESTAMOS assim.
Com as crianças é a mesma situação. A não ser que haja algum distúrbio de humor, como ocorre com os adultos, as  crianças quando estão “agressivas” ou “violentas”, na verdade, estão atravessando momentos difíceis e frustrantes. Uma vez que reagem dessa forma e são ouvidas, acabam por incorporar o comportamento.

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