Planejamentos e Atividades

Vivemos um tempo em que a escola já é parte da vida da criança pequena… e ela sabe disso! Mas a ocorrência do coronavírus impôs um afastamento… tristemente, professores e alunos tiveram que deixar de conviver. Por isso, órgãos do governo e sociedade cobram das escolas a invenção de um novo modo de ser, que se opõe a uma instituição que existe há séculos. Preparamos um roteiro para ajudar a refletir sobre a educação à distância para crianças pequenas e organizar estratégias para planejar atividades compatíveis com os diferentes contextos. Esta é uma oportunidade para refletir e se recriar?Sim. E a reinvenção passa necessariamente pela tecnologia. Então, perguntamos: Que tecnologia é essa que caminha tão distante do dia a dia das creches e pré-escolas?Que sala de creche e pré-escola conta com recursos de informática ou um simples computador conectado à internet?Em qual escola de educação infantil a criança vivencia experiências…

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Em tempos de isolamento social, professora Ani Maruchi preparou 11 atividades para famílias e bebês.

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O período do acolhimento na educação infantil é um momento dedicado à escuta: ouvir as crianças e oferecer algo de si para ser ouvido por elas.

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Recentemente publicamos uma postagem (O que vem antes: a atividade ou o objetivo da atividade?) para refletir a respeito planejamentos de atividades a partir de objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Convidamos o leitor a pensar sobre a importância de eleger focos de interesse e necessidade de aprendizado das crianças, para então planejar propostas que favoreçam tais objetivos. Nesta publicação disponibilizamos dois instrumentos que ajudam o professor a experimentar atuar com intenção pedagógica. Elaboramos também tabelas com uma interpretação dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento preconizados pela BNCC. Baixe o material, experimente e compartilhe conosco os seus resultados: CLIQUE NO LINK ABAIXO PARA ABRIR OS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E REGISTRO: Instrumentos de Planejamento e Registro CLIQUE NO LINK ABAIXO PARA ABRIR AS TABELAS COM OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO: Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento

A pergunta pode parecer simples, mas está longe disso!
Acompanhe a postagem provocadora que questiona a relação entre objetivos, planejamento e as ações do professor durante a atividade. E aguarde a postagem da próxima semana com um novo material sobre objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para crianças de 0 a 6 anos, e dois instrumentos que ajudam a planejar e agir a partir de objetivos.

Para começar, que tal retomar o ciclo virtuoso do processo ensino-aprendizagem para chegar ao centro desta discussão?

Como estamos falando em ciclo, é importante lembrar de círculo, que não tem início e nem fim e pode começar em qualquer ponto. Assim, vamos escolher um início para a discussão.

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Qual o projeto da turma para este semestre? O que é trabalhar com projetos na educação infantil? É uma abordagem importante? Como selecionar temas? Como instigar o grupo? Neste texto convidamos o leitor a pensar sobre projetos, sequências investigativas, pesquisa e o valor da roda de conversa neste contexto.

Ainda hoje vemos creches e pré-escolas impondo temas de pesquisa para as turmas: projeto das quatro estações, cinco sentidos, bichinhos do jardim, identidade, cultura africana…, pensados por professores e coordenadores, no início do ano letivo, antes mesmo de conhecer as crianças.

Os temas em si não são o problema. A questão está em acreditar que experiências de investigação e construção de conhecimentos podem ocorrer com assuntos descolados da curiosidade das crianças. Madalena Freire nos lembra que curiosidade é característica da criança, mas ela precisa ser alimentada com intervenções, encaminhamentos e devolutivas adequadas ao contexto.

Por isso, escolas e professores vêm se repensando e questionando a própria prática, buscando dar vez e voz aos interesses singulares e às perguntas das crianças para construir aprendizagens de fato significativas.

Neste ato de se repensar, os educadores atravessam uma crise de indeterminação: partir de uma pedagogia transmissiva apoiada em caminhos previamente estruturados ou considerar uma pedagogia participativa, que inclui os saberes e as questões das crianças, para orientar o planejamento do percurso investigativo?

Como fazer diante dessa incerteza?

Como fazer a passagem de uma crença a outra, que embora pareça clara na teoria, não se revela tranquila na prática?

Assim, surgem muitos outros “comos”: como planejar as atividades se não se sabe ao certo o que virá? Como ler nas entrelinhas as curiosidades das crianças? Como trabalhar um currículo apoiado em experiências que promovam a construção da identidade, as interações, os saberes do corpo, as múltiplas expressões e a linguagem (campos de experiências)?

Propomos considerar as incertezas como possibilidades produtivas!

As autoras do Tempo de Creche e as autoras parceiras, Joyce Eiko Fukuda e Lucila Almeida têm se debruçado sobre esta questão para buscar formas, formatos e formações. Com isso pretendem auxiliar os professores da educação infantil a desenvolver uma prática que considera o desejo de conhecer da criança e sua capacidade de investigar, propor, interagir e construir aprendizagens nas diversas esferas do conhecimento.

Nas perspectivas de Piaget e Dewey, a curiosidade e a investigação são os motores da aprendizagem na infância, para que as crianças aprendam a projetar e encontrar meios próprios de realizar seus empreendimentos. Ao se envolver em experiências investigação e pesquisa, as crianças têm a oportunidade de aprender a partir das suas múltiplas linguagens e pelas hipóteses e ideias construídas no grupo. Isto é afastar-se de uma pedagogia linear, que só enxerga uma direção de pensamentos e assumir novas possibilidades criadas pela construção coletiva de conhecimentos.

Mas, para que haja interesse pela pesquisa, o espírito investigativo da criança precisa ser provocado! O desejo de perguntar, conhecer e criar deve ser instigado para que ela deseje conhecer e se encante com as descobertas de seu percurso de pesquisa. Assim, é necessário dialogar com o que instiga, valorizar a curiosidade e os questionamentos, orientar a busca de informações, documentar a pesquisa, retomar os registros, promover conversa e formulação de hipóteses, acompanhar a resolução de problemas e valorizar a construção de estratégias, a avaliação e os saberes. Nesse sentido, para desenvolver uma pedagogia participativa e reflexiva é preciso ancorar-se em:

  • Planejamentos abertos e dinâmicos;
  • Espaço para perguntas e para o desconhecido;
  • Curiosidade e encantamento;
  • Pensamentos de cada um e diálogos coletivos;
  • Ideias que partem das crianças, alimentadas pelas intervenções do professor para fazer pensar, imaginar, levantar hipóteses, planejar e resolver problemas.
  • Documentação dos percursos do projeto e dos conhecimentos produzidos pelo grupo;
  • Não baratear os conhecimentos e acessar junto com as crianças os saberes construídos pela humanidade, para desenvolver novas hipóteses, estratégias e saberes;
  • Ir além de uma aprendizagem baseada somente em transmissão de conteúdos e informações.

Assim, oferecer oportunidades de pesquisa para crianças pequenas está distante do planejamento de propostas “divertidas”, que duram apenas o tempo da atividade. As propostas que se transformam em verdadeiras experiências de aprendizagem dialogam com as perguntas das crianças, se conectam com as percepções e saberes e deixam marcas… marcas da experiência no corpo, na mente, nas paredes da escola e nos portfólios.

O papel do professor investigador e mediador

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Será que crianças pequenas gostam de participar da roda de conversa? E os professores?
É comum encontrar momentos destinados às de rodas de conversa na grade de planejamento da educação infantil. Coordenadores e professores concordam que é fundamental estabelecer uma rotina de encontros para praticar o diálogo.

E eles têm razão!

O problema é que tornar a roda de conversa parte da rotina não necessariamente a transforma num recurso de aprendizagem.

Sentar-se em roda é participar de uma situação propícia ao diálogo.

Mas o que é dialogar?

A palavra DIÁLOGO tem origem no idioma grego, na junção do elemento dia,que quer dizer ‘por meio de’, e do elemento logos, que significa ‘palavra’. Assim, o significado original da palavra diálogo é o uso da palavra como meio ou recurso. Então, nas nossas rodas de conversa, como fazemos o uso da palavra?

Ocorre que, sem um propósito, o diálogo perde o sentido. É bom lembrar que as conversas dos adultos têm propósitos específicos: trabalho, inteirar-se do dia a dia da família e até ouvir e dizer bobagens divertidas entre amigos.

Por isso, ao organizar uma roda de conversa, o professor precisa pensar no sentido que dará a ela: vamos dialogar sobre o quê?

Percebemos que alguns educadores preparam conteúdos (burocráticos!) como avisos, observações sobre os combinados e comportamentos, instruções, contudo, não consideram que estes assuntos podem se transformar em grandes monólogos – quando uma só pessoa fala – que se repetem infinitamente (já pensou encontrar os amigos e sempre conversar sobre a mesma coisa?).

Outro tema muito abordado é o final de semana. Dependendo das estratégias do professor e, conforme a faixa etária, a ajuda para que os pequenos consigam organizar os discursos, este tema pode ser interessante… mas não é o único!

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Quem não arrisca, não petisca!
Nesta postagem falamos de pequenas conquistas de professoras que arriscaram testar e aperfeiçoar a prática pedagógica: uma invenção para facilitar o uso da mamadeira, uma tinta de farinha que se parece com guache e o uso do giz de cera na pintura.

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Revisitamos as postagens de fevereiro e reunimos as informações para recuperar as ideias e facilitar o acesso às postagens. Quais as preocupações e os temas desenvolvidos ao longo destes anos destes períodos, a partir de 2015!

Em fevereiro 2015, apresentando o livro Por que Heloísa?   Tempo de Creche conversou com a mãe e autora Cristiana Soares. Ela nos ensina por que não ter medo de ter um aluno com deficiência em sala de aula nos provoca a repensar o conceito de deficiência. Vale a pena a leitura da postagem e do livro!

Na postagem Educação de 0 aos 3 anos: contribuições de Emmi Pikler, a especialista em Educação Infantil Suzana Soares em curso oferecido pela CONVERSO Assessoria em 2015 aprofunda a relação bebê – educador na Abordagem Pikler-Lóczy.  Tempo de Creche conversou com Suzana e a postagem traz as informações para compreender melhor os aprendizados do bebê nos primeiros anos a partir desta abordagem.

“É preciso olhar o mundo com olhos de criança”. – Com a sugestiva citação de Henri Matisse, nessa postagem damos a notícia da inauguração do Núcleo de Ação Educativa da Pinacoteca de São Paulo o Espaço NAE Estudado e construído com um olhar multiuso, possibilita atividades poéticas do educativo do museu com o público em geral, inclusive o infantil e também encontra/se voltado para a formação de educadores.

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Emoções são parte das relações que envolvem o mundo e, claro, a escola. Mas a volta das férias e o ingresso na creche e na pré-escola são momentos delicados. Por mais experientes que sejamos e por mais que as crianças já conheçam o ambiente, as situações de início do período escolar são carregadas de novos temperos: a composição da turma, o professor, a sala e as transformadoras histórias pessoais que vivemos ao longo das férias. Certamente, em dezembro éramos um pouco diferentes do que somos hoje. Em dezembro, as crianças eram ainda mais jovens e imaturas do que são hoje. Com o tempo e as vivências pessoais, tudo muda e tudo tem que se restabelecer.

Por isso, nos quase cinco anos de Tempo de Creche, temos buscado reunir informações e conteúdos sobre acolhimento e adaptação para ajudar nossos leitores. Conhecer a teoria e estudar o assunto ajuda a buscar estratégias próprias para construir pilares emocionais sólidos para que crianças, professores e famílias atravessem o ano colhendo desafios, aprendizagens e crescimento.

Nesta postagem destacamos quatro estratégias interessantes para trabalhar as emoções das crianças. De repente alguma se encaixa como uma luva com a sua turma e o seu jeito de lidar com o turbilhão de emoções.

1- Borbulhas para encantar e acalmar

Que a água encanta e acalma as crianças, nós já sabemos. Temos uma postagem só sobre água e adaptação (Água para brincar acolher e pesquisar). Mas uma estratégia simples e interessante chegou até nós: assoprar a água do copo com canudinho. Fisiologicamente, o ato inspirar e expirar profundamente e com ritmo, acalma. Já as borbulhas e o barulhinho produzidos no líquido, encantam e desviam a atenção dos sentimentos de ansiedade, saudade e estranhamento. Deixe à mão copos transparentes, água e alguns canudinhos para abrandar as emoções e acolher os pequenos que atravessam momentos de tristeza e tensão. E se a criança puder escolher a cor da água? Mais um motivo para brincar!

2- Emoções trabalhadas por meio das histórias

As crianças pequenas ainda estão construindo um entendimento sobre o que sentem. Muitas só conseguem perceber o desconforto que o medo, a tristeza e a ansiedade provocam, mas têm dificuldade em nomear o que se passa e compreender as razões da intranquilidade. A literatura infantil possui um vasto de repertório de histórias que abordam essas questões e pode ser uma ótima aliada para favorecer conversas sobre as emoções  que envolvem a escola no início do período letivo. Faça uma seleção de enredos que narrem situações de emoção intensa, medo do desconhecido e enfrentamento de dificuldades. Leia as histórias para a turma ou só para aquela criança que está ansiosa e nervosa. Deixe os livros disponíveis num cantinho para que os próprios pequenos possam reviver as histórias sozinhos.

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