Uma escola Montessori na Holanda: a rotina como base da educação dos pequenos
Educar crianças pequenas é, antes de tudo, um compromisso com a escuta atenta e a multiplicidade de caminhos possíveis. Ao longo dos séculos XX e XXI, diferentes pensadores e experiências educativas ofereceram contribuições valiosas que seguem inspirando escolas ao redor do mundo. Para acolher essa diversidade, é preciso compreender que cada país, cultura e comunidade escolar carrega saberes únicos — e que há muito a aprender quando nos abrimos a esses encontros. Foi com esse olhar que visitei a escola montessoriana 2Voices, na Holanda, uma experiência que ampliou minha compreensão sobre a infância, a autonomia e o papel do ambiente na construção do conhecimento. Maria Montessori nasceu no final do século XIX na Itália (1870) e foi educadora, médica e pedagoga italiana. Em 1934, o regime fascista fechou muitas escolas montessorianas, e por conta disso, Montessori deixou a Italia. Depois de passar pela Espanha e pelo Sri Lanka, foi viver…
Rotinas não tão rotineiras
Uma situação tão instituída e corriqueira como a hora da soneca pode ser diferente? A dormida da tarde e outros momentos da rotina podem ganhar outros contornos?
Podem sim!
No CEI Nossa Turma, SP, as professoras Sandra Aparecida Ferrari Lima e Maria Aparecida Soares Santos (a Cida) organizaram uma proposta que envolvia tecidos coloridos de variados tipos. A expectativa era que os pequenos experimentassem modos de se vestir e usar os tecidos. Para garantir as criações, providenciaram fitas de elástico, para amarrar e manter os modelitos no corpo, e cabides para compor um espaço propositor.
Será que as crianças pensariam em se vestir com os tecidos?
Quais experimentações poderiam surgir?
Sala arrumada, instrumentos de registro e câmeras em mãos, era hora de chamar a turma que estava com a Cida no parque.
As crianças foram entrando e se maravilhando com o espaço transformado. Puxaram alguns dos tecidos pendurados e descobriram caixas com mais variedades. Como os tamanhos favoreciam o manuseio (1,0 x 0,70m e 1,0 x 1,40m), as crianças experimentaram usar o material como capa, colocar na cabeça como turbante e… aos poucos, saias, vestidos e pareôs foram surgindo a pedido dos pequenos e ajeitados com ajuda das professoras.
O dia a dia da creche e a Rotina: o que pensar e por onde começar?
Uma professora nos escreve para auxiliá-la na orientação da rotina, pois trabalha com crianças de 3 a 4 anos e fica em dúvida de como e que conteúdos, eixos contemplar na mesma.
Quando o tema é Rotina, o que estamos pensando? Como a definimos?
Existe um modelo pronto aplicável a todas as creches e escolas de Educação Infantil?
Não!
Se definirmos rotina como a organização do desenvolvimento que abrange o trabalho diário de professores e crianças, estamos falando em como levar em conta as concepções pedagógicas, a percepção de tempos, espaços e sua relação com as organizações da ação do professor e das crianças.