Chegamos ao final de mais um ano e podemos dizer que muitas teorias, estudos e práticas nos perseguiram e provocaram pensamentos. Muita coisa se falou, muito se conheceu e estudou, direções foram apontadas, mas, em essência, ficou um sabor de setas apontadas para várias direções.
Por isso, é preciso organizar o que aprendemos sobre a jornada do ano que passou. Como pensar no final do ano sem olhar para o que foi vivido? Como refletir sobre o ano que passou?
Como pensar no tempo que está por vir sem descobrir o que queremos mudar e o que queremos que continue na mesma direção? É provável que a jornada de 2016 também trouxe alguns sabores de inovação.
Assim, é importante pensar o que é de fato inovar. É jogar o que já existe fora e começar do zero? É ignorar o que já experimentamos e assumir uma nova personalidade?
Para nós a resposta é não!
Aquilo que nos atravessa e bate fundo na alma, encontra um certo eco, um barulhinho dentro de nós. Somos sensibilizados por situações às quais já temos um terreno preparado para receber.
É assim que acontece quando vamos a uma exposição e ficamos mobilizados por uma obra em especial. Ela reavivou algumas sensações e emoções gravadas na memória. Ou conversou com o momento pelo qual estamos atravessando. Ou ainda, ela corresponde ao nosso ideal estético. Mas, a obra pode também atingir o que está frágil em nós e precisa ser enfrentado.
É hora de refletir sobre o ano que estamos encerrando! É hora de retomar sensações e emoções da prática de ser professor.
Sugerimos um percurso reflexivo para passar alguns momentos em conversa consigo mesmo. Abordamos diversas dimensões que podem ser exploradas aos poucos. Depois de percorrer esse processo, compartilhe ideias e conclusões com os colegas para construir um registro reflexivo coletivo da equipe sobre o ano que termina. Esse pode ser o primeiro passo para planejar o próximo ano com clareza e objetivo.
Boa conversa com o seu espelho… e com os espelho dos colegas!
PARA SABER MAIS…
→ Este roteiro de reflexão foi inspirado no trabalho de Clare Kosnik, Clive Beck, Anne R. Freese, Anastasia P. Samaras que fizeram um profundo estudo a respeito da importância do olhar crítico e a reflexão sobre o percurso profissional dos professores, as conquistas, as relações com a vida pessoal e os aspectos que motivam e provocam mudanças de rumo.
Making a Difference in Teacher Education Through Self-Study: Studies of Personal, Professional and Program Renewal, 2005, livro publicado pela editora Springer.
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