Lembrando do velho caixote de brinquedos…

Lembrando do velho caixote de brinquedos…

Crianças aprendem brincando, mas não nascem fazendo isso sozinhas.
É pelas primeiras brincadeiras com a mãe que os bebês aprendem a linguagem que dominarão com maestria: o brincar.
Vamos buscar o velho caixote de brinquedos?

Quais brincadeiras novas o caixote de brinquedos pode proporcionar?

O lúdico é um estado de graça para a criança. Por que será?

Por que as crianças ficam felizes quando brincam?
Será por que elas se sentem desafiadas pela própria imaginação?
Será por que inventam e resolvem problemas?
Será por que descobrem coisas novas?
Será por que aprendem?

Sim, por tudo isso!

E porque o lúdico é uma linguagem que permite que as crianças interajam com os adultos, as outras crianças, a cultura, a natureza, os espaços e os materiais. É por meio do diálogo brincante com o mundo que a criança vive experiências intensas e pode ser transformada por elas.

É fato que o brinquedo nasceu para a brincadeira. Mas nem sempre a brincadeira nasce dos brinquedos! Especialmente aqueles que estão no velho caixote da sala, amontoados, meio quebrados, meio misturados e incompletos. Aquele monte de plástico que é visitado todos os dias.

Ué, mas as crianças não brincam com eles?

Sim, até brincam, mas por minutos.

Nestes dias em que as crianças estão em casa, que tal repensar o velho caixote para torna-lo mais atraente e desafiador?

1- Reunir alguns brinquedos com intenção de provocar combinações que podem disparar brincadeiras diferentes:

Peças pequenas de montar com panelinhas, potinhos e colherinhas – será que se transformarão em uma comidinha diferente?

Carrinhos com bonequinhos – será que os bonecos vão se tornar passageiros? Quais narrativas vão surgir?

Apresentar só os brinquedos grandões.

Apresentar só os brinquedos pequeninos.

Unir dois tipos de brinquedos de montar que podem se complementar.

Colocar os carrinhos e/ou bonequinhos próximos a um brinquedo de montar que propicie a construção de “túneis”, “garagens” etc.

2- Combinar brinquedos com outros materiais:

Bonecos e retalhos de tecido de diferentes cores e texturas. Será que vira roupa? Cobertor?

Carrinhos, caixas e tiras de cartolina ou papelão. Se transformarão em túneis, garagens, pontes e ruas?

Tratores, caminhões e trens com pedras de diferentes tamanhos: teremos uma transportadora? Um canteiro de obras?

Panelinhas com plantinhas, gravetos e sementes: vira comidinha?

Brinquedos de montar, lãs e barbantes coloridos. Será que podem tentar amarrar? Enrolar? O que vai dar?

É só colocar a criatividade em ação e fazer uma escuta atenta das brincadeiras que as próprias crianças estão criando, para pensar em possibilidades de ampliação. Elas criam e a gente incrementa; é a receita para brincadeiras intensas e sem fim!

21 comments

Uma das partes que muito me chamou a atenção no texto: “É fato que o brinquedo nasceu para a brincadeira. Mas nem sempre a brincadeira nasce dos brinquedos!”…A criança nasceu para o brincar, cabe qual e que tipo de brinquedo irão proporcionar esta brincadeira. Neste sentido, é necessário que o Educador esteja sempre atento às nuances apontadas pelas brincadeiras realizadas pela criança e ao mesmo tempo, buscar elencar a aprendizagem que poderá ser fortalecida pela brincadeira, pelas crianças desenvolvidas.

Olá Tempo de Creche! Excelente matéria. Gostaria que trouxessem para nós professores, sugestões do que propôr, além da literatura, para as as famílias nesses dias em que estão tão próximas de seus filhos. Obrigada!!

Adorei a ideia, já havia visto aqui no blog! É incrível ,mas é isso que acontece com o caixotão. Fiz vários caixotes, cestos com diferentes propostas como as sugeridas e foi muito interessante. Obrigada!!!

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