Arte e Cultura

Para pensar sobre leitura de livros para crianças algumas questões orientam as ideias e levantam sugestões a partir das postagens sobre o tema. Promover a linguagem oral e o contato com os livros é preocupação constante da Educação Infantil.

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Estamos em abril e no dia 19 deste mês comemora-se o Dia do Índio.

Por quê?                   Para que?                       Como?                         Quando?

Podemos pensar um pouco mais no que esta data e a cultura indígena representam.

Yanomami 6

*Curumim: palavra de origem tupi que significa criança. 

  • Que tipo de informação queremos transmitir para as crianças?
  • O que elas entendem?
  • O que sabemos sobre essas pessoas que vivem neste mesmo lugar, que chamamos de Brasil?
  • Como é o indígena brasileiro?
  • Quais são suas crenças? 
  • Como é sua cultura?
  • Como brincam?

Estas são algumas das perguntas que nos fazemos sempre que o Dia do Índio se aproxima. Hoje, o que sabemos deles é o que a televisão nos conta e muitas vezes o foco das matérias não são as crenças e as culturas indígenas. Algumas regiões, pela proximidade com as aldeias, possuem um contato e uma convivência maior.

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Numa conversa com a professora Deise Miranda Barbosa descobrimos alguns personagens dos folguedos que se aproximam das crianças da creche e compreendemos que as manifestações culturais brasileiras enriquecem os enredos das brincadeiras, valorizam a cultura e perpetuam as tradições.

Tempo de Creche – Conte um pouco como você descobriu a relação da Cultura popular com a infância?

Deise – Eu era professora de uma turma de Educação Infantil e também fazia parte do Pé no Terreiro, um grupo de danças brasileiras, que estava estudando o Cacuriá, uma dança maranhense.  Foi quando eu comecei a observar que estas danças eram brincadeiras. Levei a dança para a sala como um momento de brincadeira.

Observando as crianças brincarem, percebi que a dança funcionava, tornando-se um brincar com o corpo, com a cultura popular, num diálogo com as danças contemporâneas.

Bumba meu boiA proposta tinha os mesmos resultados com o Bumba meu boi e com o Maracatu, porque essas manifestações têm um lugar no faz de conta, universo próximo ao da criança, com suas roupas específicas, fantasias, personagens, falas de bichos, roda…, vários elementos das brincadeiras tradicionais das crianças.

Esses folguedos se aproximam do brincar da criança  porque inspiram a transformação em personagens. Quando um brincante do Cacuriá está brincando com a música do caranguejinho, e faz o gesto de tirar o caranguejo do pé do colega, ele está de fato tirando o caranguejo na imaginação, apesar de não ter nenhum caranguejo real ali.

Nesta faixa etária a criança acredita mesmo na imaginação. Muitas vezes ela nem separa o que é imaginação do que é real, como os brincantes da cultura popular, crianças, adultos, idosos, que, enquanto brincam, vestem o personagem. É esta crença no personagem que aproxima os dois universos.

Tempo de Creche – No que você embasa o seu trabalho com a cultura popular?

Deise – Em três frentes: cultura popular, dança contemporânea e suas improvisações e brincadeiras tradicionais da infância. Estes três lugares dialogam com o universo da brincadeira. Percebi que a criança que está brincando, está dançando.

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O universo é composto por formas.
As crianças são sensíveis a essas formas e ficam intrigadas com a regularidade das margaridas, com as nervuras das folhas e com a imprevisibilidade das pedras encontradas pelo caminho. Algumas são harmoniosas e pertencem à cultura de diversos povos. As mandalas são um exemplo da manifestação de um universo estético que atravessa a história da humanidade. Mandalas são composições quase instintivas, construídas com naturalidade pelas crianças.

mandala elementos naturais

Que tal aproveitar as férias, experimentar trazer as mandalas para as crianças e acompanhar os percursos do grupo ao se inspirar nessa estética milenar?

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Vai chegando o final do primeiro semestre e as escolas começam a pensar na organização das festividades do mês de junho. É comum o olhar das instituições se voltar para os arraiais com as bandeirolas e os chapéus de palha, hoje sinônimos da festa caipira. Mas as manifestações juninas são só isso ou temos outras referências para brincar nestas ocasiões? Existem outras tradições?

Carimbó

O festejo com quadrilhas, comidas típicas e o tradicional casamento na roça e seus personagens – noivo, noiva, pai da noiva, padre e delegado –  encontram respaldo no contexto cultural das comunidades do Nordeste. Foi naquela região, no período colonial Brasileiro, que começaram as festas juninas vinculadas aos três santos: São João, São Pedro e Santo Antônio, o casamenteiro. Das primeiras manifestações até os dias de hoje, muitas transformações ocorreram decorrentes das evoluções dos festejos nas grandes cidades, mas é do Nordeste o forró e os cortejos pelas cidades .

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aprendendo a carimbarTrês professoras observaram uma experiência real atravessar uma das crianças da turma. Perceberam o momento da pesquisa autônoma, a descoberta e a aprendizagem. Tudo isso num simples ato de carimbar a mão.
Para a nossa satisfação, as professora registraram o momento e compartilharam também suas experiências e conquistas.

Fabiana, Nathaly e Michelle, do CEI Nossa Turma, SP, planejaram uma proposta de pintura com rolinhos para a turma de 12 a 18 meses. A ideia era preparar algumas mesas cobertas com grandes folhas de papel, pratos rasos com tintas guache coloridas e rolinhos de espuma.

As professoras identificaram o interesse das crianças em explorar as tintas com o corpo todo. Gostam de colocar as mãos nos recipientes e espalhar as tintas nos dedos, braços, rosto, nos colegas e nas professoras! As marcas no papel acontecem, mas não são o principal foco de todos os pequenos que ainda pesquisam as texturas e outras propriedades das tintas.

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Venha assistir gratuitamente ao filme Chocolate, na Ciranda de Filmes e depois bater um papo com a equipe do Tempo de Creche. Dia 27/05, às 13h, no Espaço Itaú de Cinema

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Um artigo publicado na Folha de São Paulo no domingo (14/05/2017) nos fez retomar esse aspecto da cultura que entra no automatismo e não passa pelos canais da reflexão: e se a criança não tiver mãe para comemorar o Dia das Mães?

Por que a dificuldade de refletir sobre o apelo emocional e comercial de comemorar o Dia das Mães, Pais… ?

desenho mãe e filha

desenho da mãeNa reportagem, a jornalista Sabine Righetti visitou escolas no início do mês de maio, próximo ao famoso e comercialmente cultivado Dia das Mães. Numa das visitas ela percebeu que uma criança que não tinha mãe, ao escrever sua cartinha de Dia das Mães, registrou: “Vó, se você morrer eu estou ferrado.”

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Ano vai, ano vem, as questões que envolvem a cultura na Educação Infantil trazem reflexão, discussão, conteúdos estimulantes e também certos desconfortos. Trouxemos as palavras das educadoras Tania Fukelman Landau, que valoriza o território cultural na formação de professores, da diretora Cibele Racy, que colocou em prática uma intensa vida cultural na icônica EMEI Nelson Mandela (SP), e da Rosane Almeida, arte-educadora e brincante, cofundadora do Instituto Brincante, SP.

aula de jongo

Tempo de Creche – Qual deve ser o olhar da Educação Infantil para Cultura?

Cibele – Compreendemos hoje que a escola não pode ser um território apartado de seu contexto histórico e social e dessa forma não poderia estar distante das mais diversas formas de expressão cultural, sendo por si só uma delas. Não se trata apenas de reproduzi-las no contexto escolar, mas inseri-las como objeto de estudo e trabalho no currículo da unidade.

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Toda cultura possui símbolos que comunicam significados. A cultura tem efeitos sobre a gente. Vivemos a cultura sem prestar atenção em como ela nos molda e, da mesma forma, sem dar espaço para a cultura do outro. A Páscoa, em grande parte das comunidades no Brasil, reflete símbolos com significados que vão além da própria religiosidade. Que tal pesquisar os significados da Páscoa para o seu grupo e traçar uma forma mais significativa para desenvolver a comemoração?

Pedro Coelho - PáscoaA psicopedagoga Isabel Parolin, diz que as histórias e as cantigas de Páscoa não são apenas para entretenimento dos pequenos, elas têm papel fundamental na inserção da criança na cultura em que ela vive. Trazem o sentimento de pertencimento.
O que é a Páscoa para você?
Como será a cultura da Páscoa para as crianças da Educação Infantil?
Quais símbolos dessa comemoração mais marcam a sua cultura?

Falando de tradições …

Por que temos coelhos e  ovos envolvidos nessa comemoração?

A cultura brasileira da Páscoa foi formada a partir de algumas tradições. Contam que esta forma de se comemorar chegou ao Brasil através da imigração alemã. Era comum na Alemanha, há muito tempo, os pais pintarem ovos de galinha cozidos e esconderem no quintal das casas para que as crianças os encontrassem no domingo de Páscoa. Esta agitação, o corre-corre, animava também os animais caseiros, e, com eles, os pequenos coelhos, que saiam de suas tocas para correr.

O primeiro coelho da Páscoa de que se tem notícia data do século XVI (por volta de 1600), e o primeiro conto sobre esses animais trazendo ovinhos e escondendo-os em um jardim, surgiu em 1680.

PêssankasOs Ovos

Antes do ano de 1900, os hábitos culturais do Paraná, um dos estados do sul do Brasil, receberam influências dos imigrantes vindos da Polônia, Ucrânia e Eslovênia (países do norte da Europa, perto da Russia). Os paranaenses comemoram a Páscoa com as pêssankas, que são ovos de galinha pintados com cores e desenhos tradicionais.

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