Tempo, Espaço e Materiais

Jogo Heurístico 12É difícil pensar em atividades para os bebês, especialmente os menores. Como favorecer as aprendizagens? Um caminho para a inspiração é se perguntar:
O que os bebês fazem?

  • Procuram
  • Alcançam
  • Pegam
  • Observam
  • Sacodem
  • Sentem na pele a textura, o formato, o quente e o frio
  • Sentem objetos na boca (gosto, textura e temperatura)
  • Cheiram
  • Ouvem os sons

Puxa, quantas coisas! Então, em quais atividades para bebês podemos pensar? O que podemos oferecer para estimular tantas ações? Como podemos ampliar essas experiências e transformá-las em aprendizagem?

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A areia, e suas mil utilidades na Educação Infantil, é sempre um recurso que atrai as crianças e desperta para muitas brincadeiras. O CEI Shangri-la, em São Paulo, fez uma proposta diferente com esse material: vamos mudar a cor da areia?

As professoras Esilaine e Laudiceia forraram com lona plástica um dos espaços externos, organizaram bacias, pequenos potes de tinta guache e palitos de sorvete, um para cada criança.

Atividade de areia Shangri-la 1

Introduziram a proposta com uma quantidade de areia apresentada em duas bacias no centro do espaço. As crianças foram convidadas a buscar uma bacia vazia e pegar um pouco de areia das bacias centrais.

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Sugerimos uma receita de tinta com farinha que altera a textura e a fluidez do material… para inovar a experiência e as brincadeiras!

potes com tinta de farinhaExperimentação artística e brincadeira andam unidas na infância e, talvez, por toda a vida. Pesquisar materiais, testar suas propriedades, conciliar os movimentos das mãos, braços e corpo com os caminhos do olhar são desafios muito aceitos pelas crianças, que criam percursos e narrativas.

As tintas fazem parte da Educação Infantil e o ideal é que os pequenos utilizem esse meio numa variedade de suportes. Porém, alterações na qualidade dos materiais vão provocar e desafiar os pequenos, envolvendo-os num percurso de aprendizagens sensitivas, físicas e emocionais.

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garatujasParece que é automático! É só apresentar para os pequenos algo com que riscar que o ato de desenhar se inicia na mesma hora!

Que bom! Porque quanto mais desenha, mais a criança desenvolve o desenho os ganhos cognitivos que o ato proporciona. 

mz2-twin-score-also-0.w529.h352.2xAté os 12 meses a criança descobre a existência dos objetos que podem deixar marcas nas superfícies (riscadores e suportes). Começa então uma produção natural e espontânea de traços, inicialmente desordenados e sem controle (garatujas desordenadas).  Porque ainda não tem maturidade para coordenar seus movimentos, os traços são fortes e descontínuos. Também não existe percepção do espaço gráfico e nota-se que os traços ultrapassam os limites dos suportes (papel, por exemplo). Braço e antebraço são como um membro unido que se move a partir da articulação do ombro.

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Os meses de férias têm uma atmosfera diferente. Sentimos no ar uma mudança no espírito. Parece que o sol brilha mais (mesmo nos dias de chuva e frio!) e a vontade de brincar e alterar a rotina é grande. Essa disposição contamina os pequenos e continua nos primeiros dias do retorno à creche.

Transformar a rotina numa gostosa aventura de férias traz alegria e compensa um pouco a falta de férias das crianças cujos pais trabalham.

Como o número de crianças ainda é reduzido e as faixas etárias diversas, o planejamento pode ser mais brincante e recreativo. Propostas como piqueniques, pequenos passeios no entorno e o uso de materiais e técnicas mais adequadas a pequenos grupos são ideias interessantes. Vale, também, proporcionar atividades sem tempo rígido para terminar, escolhendo aquela que as crianças mais gostam…

Então, está pensando algo diferente para fazer com as crianças durante o mês de julho?

A mudança nas atividades rotineiras envolve as crianças numa aventura e enriquece as pesquisas e as relações. Por que não prolongar essa sensação por mais um tempo e “avançar” em agosto?

As dicas propostas procuram se nutrir da iniciativa e curiosidade infantil. Deste modo, brincar de faz de conta – de casinha, de ir ao supermercado ou a uma festa; colecionar objetos e separá-los em caixas; contar histórias, ouvir poemas etc. traduzem esse interesse.

Experimente!

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brincadeira com areiaHá muitas dúvidas sobre as vantagens e os riscos das brincadeiras nos tanques de areia. Os benefícios compensam? Vale a pena? Existem alternativas?

Conversamos com a Flavia Vasconcellos Gusmão, sócia e diretora da UNIEPRE, uma instituição de Educação Infantil que implanta e faz a gestão de creches e pré-escolas dentro de empresas. O trabalho que conhecemos na indústria farmacêutica Aché Laboratórios foi UNIEPRE logoinspirador! Além da visita e da conversa acolhedora, Flavia compartilhou com o Tempo de Creche seu material de formação sobre TANQUES DE AREIA, direcionado a todos os funcionários das unidades da UNIEPRE.

BALDES, PÁS, AREIA E ÁGUA: elementos para o jogo simbólico

Baseado no conteúdo elaborado por Flavia Vasconcellos Gusmão – UNIEPRE

A areia é um elemento da natureza, mas a experiência com esse material ainda é pouco incentivada na Educação Infantil. É uma prática que deve ser incorporada no dia a dia com as crianças, com planejamento, liberdade de vivência, criatividade e segurança.

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dicas de materiais inusitados para Educação InfantilO levantamento dos interesses das crianças deve direcionar o planejamento das propostas na Educação Infantil. Nossa experiência aponta algumas atividades com vivências que sempre despertam interesse, pesquisa, descobertas e conquistas, por conta de materiais inusitados. 

Trazemos três dicas de propostas que podem ser combinadas aos projetos da turma e uma dica para facilitar a organização de atividades “melequentas”:

 

 

Balão numero 1Meleca de amido

A massa de amido e água, combinadas numa certa proporção, se constitui num líquido viscoso com propriedades diferentes dos líquidos comuns. Falamos dela no post Afinal, o que é Arte na Educação Infantil?. Essa “meleca” fica mais dura quanto mais força colocamos nela, escorre pelos dedos com pingos longos e grossos e desafiam as crianças a controlarem sua ação. É conquista certa!

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Imagens post Revisão da Biblioteca

No inicio do ano, geralmente as instituições de educação fazem uma revisão em seus materiais e a biblioteca é parte do processo. É um bom momento para reunir todos os livros, selecionar aqueles que continuam em bom estado, dar uma ajeitada nos que ainda têm salvação e eliminar os que não tem mais jeito. Além de organizar a biblioteca com esse foco, é possível agrupar os livros por tipo, tema, complexidade, funcionalidade e tantos outros critérios. Para explorar esse tema e propor orientações, o Tempo de Creche reuniu depoimentos da autora Marina Colasanti e das editoras Suzana Sanson e Julia Schwarcz, de duas das mais importantes editoras de livros infantis do país.

Marina ColasantiA escritora Marina Colasanti, italiana de nascimento, mas no Brasil desde os dez anos de idade, recebeu mais um reconhecimento pela sua premiada obra, o importante Prêmio Jabuti de melhor livro de 2014, com o infantil “Breve História de um Pequeno Amor”.

livro breve história de um pequeno amorEsse é o sétimo Jabuti da autora, mas, nas palavras dela, em entrevista à Folhinha (3/01/2015), “não esperava. É raro que um livro para crianças seja considerado o melhor do ano”.

Além da valorização da literatura infantil, Marina destacou a importância da qualidade da produção literária destinada a esse público. Segundo ela, “a produção de livros sofre de duas doenças. Uma é o descrédito da inteligência infantil por parte dos adultos. Eles acreditam que qualquer coisa pode ser publicada e que a criança não vai perceber que o livro é ruim. O outro problema é que a literatura infantil tem um pé amarrado na educação, como se ela servisse para carregar conhecimentos, princípios morais, como uma cápsula que tivesse outra coisa dentro. E isso envenena a literatura. As grandes obras são grandes porque escaparam disso. Por exemplo, o [Lewis] Carroll, que era um educador, não colocou nada de educativo na “Alice”. Fez um baita sucesso. Toda a produção do [Carlo] Collodi é extremamente educativa, menos uma: Pinóquio, que é uma obra genial. Esse envenenamento pela educação é um problema não só do Brasil. A literatura é formadora e ensina por si, e não por ensinamentos embutidos.”

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A educadora, documentarista e pesquisadora da cultura infantil, Renata Meirelles, fala sobre a importância do tanque de areia e do tempo do brincar.

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