Arquivos mensais: novembro 2019

Documentação pedagógica é a expressão de um processo de ensino-aprendizagem, direcionado a um público específico. É contar uma “história pedagógica” utilizando recursos que sejam compreendidos pelo público. A narrativa deve deixar evidente a voz e o protagonismo da criança e também as reflexões do professor.  Para compor a narrativa é importante esquecer o que é genérico e ressaltar os acontecimentos e pensamentos característicos do seu contexto: situações que só poderiam acontecer com você, com as suas crianças e na sua escola. Uma boa documentação pedagógica revela as características das pessoas envolvidas no processo.

Assim, para compor a documentação pedagógica é preciso ter objetivos claros sobre o que se quer comunicar (a narrativa de uma atividade, de uma sequência didática ou de um projeto), para quem será feita a comunicação (o público: crianças, famílias, equipe pedagógica ou comunidade) e qual o melhor formato para fazer a comunicação (cartaz, painel, relatório, portfólio, apresentação em PowerPoint etc.).

Organizamos um roteiro para facilitar a primeira etapa da elaboração da documentação pedagógica: juntar informações. Sugerimos reunir os registros, as imagens e as produções das crianças e seguir o roteiro abaixo. A ideia é ir ticando cada item executado no quadradinho à esquerda.

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Com as informações reunidas e organizadas, e a definição do público para o qual se quer apresentar a documentação, fica mais fácil escolher a forma de expor a narrativa. Leia abaixo:

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Projetos e sequências didáticas se aplicam aos bebês? Eles compreendem estes processos? Acompanhe o percurso de um trio de professoras de bebês que trabalhou as sensações provocadas por diferentes farinhas e pela areia comestível.

Recentemente surgiu uma questionamento entre as professoras participantes das nossas formações: se os bebês são curiosos e pesquisadores, cabe fazer perguntas e desafiá-los?

 Sim! Basta adequar as intervenções:

  1. Começamos pelos materiais e pela organização de um espaço propositor. É pensar na arrumação de um local que fale por si, que inspire brincadeiras e que favoreça explorações e descobertas. Se consideramos que os bebês possuem diferentes antenas pelas quais conhecem o mundo que os cerca, os espaços e os materiais devem provocar um espectro de variadas sensações.
  2. Durante o andamento da proposta, permitimos o movimento livre do grupo para conhecer o espaço e os materiais da atividade. Em seguida, encurtamos a distância entre nós e os bebês, sentando junto para convidar e desafiar: viu esse material? Quer brincar? Quer tentar colocar a mão? Vamos descobrir o que isso faz/como é?
  3. Por fim, observamos e agarramos as oportunidades surgidas nas brincadeiras e nas expressões das crianças: olha o que você descobriu! O que será que aconteceu? Como você fez isso? Mostra para mim? Olha o que eu tenho aqui… (mostrar um objeto, um pote, uma colher, outro riscador, um brinquedo etc.), será que você quer brincar com isso também? A ideia é observar a brincadeira e intervir para que fique mais complexa. Assim, provocamos novos pensamentos com outros materiais e perguntas sutis, damos autonomia para a criança aceitar ou não o desafio, e esperamos o tempo dela pensar, testar e inventar.

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