Arroz para brincar
O tanque de areia está lá molhado, abandonado e as crianças estão com cara de tristeza? Sua escola não tem tanque de areia? Substitua por bandejas com arroz! A riqueza das experiências com a areia na área externa não é suprida, mas o arroz cru favorece outros desafios. Para as crianças muito pequenas é uma forma de introduzir as brincadeiras de encher, esvaziar e transferir sem se preocupar com o desejo de levar tudo à boca.
Como organizar esta proposta?
- Selecionar potes, copos, canecas, pratos e bacias de tamanhos variados. Garrafas pet e de leite podem ser cortadas e se transformar em potes, pás e funis.
- Separar colheres e conchas de metal, plástico e madeira, com diversos tamanhos e formatos.
- Bandejas plásticas rasas, aquelas utilizadas para alimentos, são ótimas para fazer as vezes do tanque de arroz. Se não estiverem disponíveis, utilizar bacias. O número de bandejas depende do tamanho e da quantidade de crianças. É bom imaginar que provavelmente os pequenos se acomodarão em torno das bandejas com o arroz para brincar.
- Para turmas de até 15 crianças entre 12 e 24 meses, 2 kg de arroz são suficientes. Para grupos maiores ou crianças acima dessa idade, é recomendável aumentar a quantidade.
- Uma lona plástica ajuda na hora de arrumar a sala e dar sequência à rotina. Se utilizar, não esquecer de colar o plástico no chão com fita crepe para evitar tropeços e tombos. Depois de limpas as lonas podem ser reaproveitadas em outras propostas.
Tempo de Creche bate-papo na Ciranda de Filmes SP
Venha assistir gratuitamente ao filme Chocolate, na Ciranda de Filmes e depois bater um papo com a equipe do Tempo de Creche. Dia 27/05, às 13h, no Espaço Itaú de Cinema
Fazer uma vez é o mesmo que não fazer!
Planejar propostas de atividades repetidas para crianças é cair na mesmice? É bom ou ruim para elas? Fazer atividades uma só vez constrói saberes?
Vamos pensar um pouco: imagine que você chegou numa ilha onde as plantas, os animais, a comida, a língua, a música, a arquitetura e os costumes são muito diferentes dos seus.
Um passeio de 24 horas é suficiente para conhecer um mundo tão diferente? Um dia basta para ter ideia do que acontece por lá?
A primeira etapa da vida do ser humano é como uma viagem a um mundo desconhecido. Nos primeiros anos os pequenos poderiam dizer “muito prazer em conhece-lo” a toda hora, porque tudo é novo e está sendo observado, explorado e conhecido.
É difícil se desprender da cultura de comemorar o Dia das Mães, Pais…
Um artigo publicado na Folha de São Paulo no domingo (14/05/2017) nos fez retomar esse aspecto da cultura que entra no automatismo e não passa pelos canais da reflexão: e se a criança não tiver mãe para comemorar o Dia das Mães?
Por que a dificuldade de refletir sobre o apelo emocional e comercial de comemorar o Dia das Mães, Pais… ?
Na reportagem, a jornalista Sabine Righetti visitou escolas no início do mês de maio, próximo ao famoso e comercialmente cultivado Dia das Mães. Numa das visitas ela percebeu que uma criança que não tinha mãe, ao escrever sua cartinha de Dia das Mães, registrou: “Vó, se você morrer eu estou ferrado.”
Campos de Experiência: Linguagens da Arte em Educação Infantil
Qual a importância das linguagens da Arte em Educação Infantil?
É inegável que as linguagens da Arte ajudam a ver e compreender a realidade, a conhecer o mundo e a conhecer-se. Decorre, daí, a sua importância na educação e no cotidiano de todas as pessoas, de qualquer faixa etária e qualquer ambiente.
A linguagem da Arte exercita e amplia a aprendizagem das formas de expressão com o desvelar de uma riqueza de sentimentos e percepções, relações e possibilidades.
A oficina de artes permite às crianças expressarem suas emoções e realidades e, no percurso, conhecerem o mundo e a si mesmas.
Eu não estou buscando, eu estou descobrindo.
Picasso.
20o Seminário de Educação Infantil: a natureza das infâncias
Compartilhar experiências é ensinar e aprender com sua prática. Relate o percurso de suas propostas!
Uma documentação pedagógica para provocar
Qual a importância de organizar os registros para elaborar uma documentação pedagógica para crianças e professores? O que acontece quando a documentação pedagógica é parte da rotina de ensino e aprendizagem?
Acabo de visitar um museu de arte moderna e contemporânea na Alemanha, Pinakothek der Moderne, com inúmeras salas, coleções e curadores*. Chamou a atenção a forma como as obras desse museu foram reunidas em cada uma das salas. Poucas paredes apresentaram obras de um único artista ou de uma mesma época. O que estava provocando os visitantes-observadores era a conversa que as diferentes pinturas, esculturas e instalações faziam entre si. Muito além da autoria, os curadores organizaram pinturas e outros trabalhos pela temática, pelo estilo, por causa de uma cor marcante, de uma luz, o uso do espaço ou mesmo um material.
Ao passear o olhar pelas obras reunidas, o visitante é convidado a pensar na mensagem implícita na arrumação proposta pelo curador:
→ O que está por trás da narrativa?
→ Como esse conjunto de obras me provoca?
A pesquisadora sueca Liselott Olsson defende que a documentação pedagógica deve ser usada por professores e crianças para visualizar problemas, identificar caminhos para pesquisar e criar coletivamente possibilidades para ampliar as brincadeiras e explorações.
O dia a dia da creche e a Rotina: o que pensar e por onde começar?
Uma professora nos escreve para auxiliá-la na orientação da rotina, pois trabalha com crianças de 3 a 4 anos e fica em dúvida de como e que conteúdos, eixos contemplar na mesma.
Quando o tema é Rotina, o que estamos pensando? Como a definimos?
Existe um modelo pronto aplicável a todas as creches e escolas de Educação Infantil?
Não!
Se definirmos rotina como a organização do desenvolvimento que abrange o trabalho diário de professores e crianças, estamos falando em como levar em conta as concepções pedagógicas, a percepção de tempos, espaços e sua relação com as organizações da ação do professor e das crianças.