Arquivos mensais: fevereiro 2016

Cor, luz e transparência são fenômenos físicos perceptíveis até por bebês jovens. Há muitos anos esses elementos são trabalhados pelas artes visuais e, de forma mais ampla, pela Arte Contemporânea. Mas o que isso tem a ver com a creche?

Um novo museu em Shangai, na China, foi construído para as crianças experimentarem – na descrição do museu está o termo “experimentar” e não “conhecer” – as cores, luzes, transparências e a história do vidro. O Museu do Vidro para Crianças, ou The Kids Museum of Glass, é um museu interativo, planejado para experiências educativas, onde as crianças podem interagir com instalações multimídia, desenhar, percorrer ambientes criativos, conhecer as propriedades dos vidros e até associar sons e cores.

Museu de Vidro para Crianças

Museu de Vidro para Crianças 1Experimentar e ser atravessado pelas sensações que os fenômenos físicos, as artes e as emoções proporcionam, constrói aprendizados e desenvolve as linguagens expressivas.

Não é à toa que a China investiu milhões para ampliar as experiências sensoriais de suas crianças! O repertório dessas experiências nunca é suficiente, pois os pequenos sempre se beneficiam com descobertas ao entrar de corpo inteiro em experiências cuidadas esteticamente.

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Já imaginou poder mexer no prato de macarrão, brincar com as massas e ainda colocar “molhos” de cores diferentes? Essa foi a proposta de atividade da Creche Fraterno, SBC, SP, para um dia de sol luminoso, com crianças de 18 meses.

Fraterno 6A leitora Rosangela L. Gonçalves, coordenadora da Fraterno, nos convidou para conhecer a página da creche no Facebook. Exploramos os registros publicados e descobrimos imagens de bebês de fralda brincando com macarrões de todas as formas e cores. Então pedimos para a equipe para compartilhar essa brincadeira esperta!

As professoras trabalharam a mesma atividade no semestre anterior com as crianças mais jovens. Com o desenvolvimento das capacidades e o amadurecimento da turma, a professora Michelle C. B. Ogêda percebeu que poderia apresentar os materiais novamente e favorecer novas oportunidades de pesquisa mais ampliada.

Nas primeiras fotos dos registros vemos o cuidado na organização do material e no aproveitamento da extensão do espaço para favorecer a movimentação das crianças.

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documentação pedagógica do professor 2“Documentação Pedagógica” é diversificada, apesar de não se falar dela no plural!
Não tem norma e nem regra para a sua elaboração, porém o FOCO é o seu guia:
»Foco número 1: tornar visível e evidente as aprendizagens
»Foco número 2: a quem ela se destina (para quem será elaborada)
E ponto final! Mistério resolvido!

Será…?
Vamos clarear um pouco mais esses focos.

balão laranjaFoco 1: TORNAR AS APRENDIZAGENS EVIDENTES

A Documentação Pedagógica é a elaboração das informações levantadas com o REGISTRO. Anotações, fotos, filmes, gravações e produções das crianças são reunidas para provocar e instigar o educador:

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pés na terraNatureza não é tema de projeto! É um conteúdo pedagógico tão fundamental ao desenvolvimento das crianças quanto o desenho, a leitura e outros. Natureza: sol, ar puro, plantas e animais… Este contato é importante para a formação dos pequenos tanto do ponto de vista biológico-físico como para a saúde mental.

(…) não temos a pretensão de fixar prematuramente as formas de uma vida escolar em que a grande lei pedagógica é o dinamismo. (Celéstine Freinet)

Os ambientes naturais, cada vez mais escassos, são os responsáveis pela nossa existência. As crianças precisam se desenvolver neles para compreenderem que não é possível viver com qualidade na sua falta ou degradação.

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Nesta seção reunimos as abas: →Repertório Cultural →Linguagens expressivas →Manifestações Culturais Espaço dedicado à cultura e a arte como meios para construir a identidade e a expressão das crianças. Para trabalhar com arte e cultura o professor precisa experimentar e construir um repertório.Assim, nesta aba promovemos um passeio pela arte e pelas manifestações culturais regionais brasileiras e estrangeiras, valorizando as raízes culturais. 

Nesta seção reunimos as abas: →Palavra de… especialista →Palavra da… prática TEMPO DE CRECHE abre um espaço para enriquecer a discussão a respeito da Educação Infantil com a voz de especialistas e suas pesquisas e descobertas. A voz da prática também está presente para compartilhar experiências e apresentar questionamentos. Queremos promover um diálogo dinâmico e ampliado para expor diferentes contextos e revelar saberes.

Nesta seção reunimos as abas: →  Campos de Experiências – (objetivos de aprendizagem e desenvolvimento e conteúdos relacionados à BNCC) →  Planejamento e Proposta de Atividade →  Tempo, Espaço e Materiais →  Postura do Professor Esta aba do TEMPO DE CRECHE se dedica a compartilhar práticas comentadas e fundamentação teórica a respeito do fazer pedagógico na Educação Infantil. Apresenta postagens com dicas e estratégias da prática pedagógica, sugestões de materiais inusitados e organização de espaços propositores e reflexões sobre a postura docente de escuta e de provocação para instigar a curiosidade da criança, ampliar a brincadeira, promover a resolução de problemas e o encantamento de descobrir e aprender. Também discutimos e interpretamos as diretrizes, os referenciais, a Base Nacional e documentos oficiais de outros países.  

Nesta seção reunimos as abas: →  Brincar e Aprender →  Criança e Natureza →  Desenvolvimento Infantil Os conteúdos se dedicam a pensar a criança, o desenvolvimento infantil e a aprendizagem por meio de experiências ancoradas no brincar, na subjetividade, na investigação e nas interações. As experiências infantis são apresentadas de acordo com os seguintes campos, acontecendo de forma integrada na criança: Habilidades do corpo Habilidades sociais, autonomia e identidade Territórios da Cultura e da Natureza Oralidade e letramento Expressões (Musical, Dança, Artes Visuais) Brincadeira, jogo simbólico e faz de conta Conhecimento científico, espacial e matemático

crianças na escola da florestaEscola da Floresta é a abordagem pedagógica que contaminou mais rapidamente os profissionais da Educação mundo afora. Ela nos tira do conforto e faz pensar. Essa proposta metodológica tem muito a ensinar. Nós, educadores, temos muito a aprender com a Natureza como recurso pedagógico.

Já parou para pensar o que as crianças veem de tão interessante numa folhinha caída?
E aquelas pequenas flores amassadas que recolhem pelo caminho e guardam como tesouros?
E a atração poderosa que as árvores com galhos sobressalentes exercem nos pequenos, levando-os a subir, trepar, se pendurar e descer?

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Elvira Souza Lima, pesquisadora em desenvolvimento humano, ministrará este mês o curso Práticas pedagógicas bem sucedidas à luz da Neurociência. Tempo de Creche  conversou com Elvira. 

Tempo de Creche – Você defende que “a cultura, a natureza e os outros seres humanos constituem a mola propulsora do desenvolvimento da criança”. Como a biologia do desenvolvimento do cérebro conversa com esses fatores?

Elvira – A biologia do cérebro pressupõe o diálogo e a interação com o meio e o cérebro se desenvolve pela reação dos neurônios aos estímulos que se originam neste meio. A natureza, a cultura e os outros seres humanos são as fontes destes estímulos, portanto, o cérebro se desenvolve muito pelas possibilidades que a criança tem em seus primeiros anos de vida. Daí a importância da educação na infância.

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