Arquivos mensais: janeiro 2016

A proposta de cantos de atividades diversificadas tem ocupado espaços nos textos referenciais de vários municípios e tem sido frequentemente trabalhada em ações formativas para professores da Educação Infantil. Vamos conhecer o porquê com a Doutora em Educação e formadora, Denise Nalini.

Tempo de Creche – Pode falar sobre as atividades de cantos diversificados?

Denise Os cantos vêm da ideia de uma criança ativa.

Na história da Educação Infantil, os cantos nasceram com Decroly (médico e educador belga, 1871 a 1932) e com a contribuição teórica do pedagogo alemão Fröbell (1782 a 1852) e os cantos do trabalho de Freinet (1896\1966). Todas estas pedagogias trazem a ideia de não trabalhar com uma única atividade.

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As propostas nascem da perspectiva de considerar a singularidade de cada criança, que é capaz de escolher entre algumas possibilidades, porque elas têm interesses próprios.  Em resumo, dar à criança opções.

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Jogo Heurístico 12É difícil pensar em atividades para os bebês, especialmente os menores. Como favorecer as aprendizagens? Um caminho para a inspiração é se perguntar:
O que os bebês fazem?

  • Procuram
  • Alcançam
  • Pegam
  • Observam
  • Sacodem
  • Sentem na pele a textura, o formato, o quente e o frio
  • Sentem objetos na boca (gosto, textura e temperatura)
  • Cheiram
  • Ouvem os sons

Puxa, quantas coisas! Então, em quais atividades para bebês podemos pensar? O que podemos oferecer para estimular tantas ações? Como podemos ampliar essas experiências e transformá-las em aprendizagem?

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O trabalho formativo das equipes não precisa necessariamente acontecer com alguém de fora da instituição. A formação de um grupo de estudos pode acontecer nas reuniões e paradas pedagógicas, com qualquer equipe que se disponha a pensar junto, estudar, refletir e trocar conhecimentos das instituições.

Tempo de Creche conversou com a doutora em educação Maria Alice Rezende Proença, coordenadora dos Grupos do GEP – Grupos de estudos sobre projetos, para auxiliar o coordenador pedagógico a construir um grupo de estudos em sua CEI – janeiro, 2016.

Tempo de CrecheComo organizar um grupo de estudos entre a equipe de Educação Infantil? Como desenvolver uma proposta para a qualificação dos professores?

Alice Não se consegue construir um espaço de transformação quando as ações são isoladas. As pessoas só se apropriam das questões em que estão trabalhando, o que chamamos de contexto. O contexto é que revela o percurso formativo a ser desenvolvido num grupo de estudos.

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O profissional responsável por este espaço formativo tem que estabelecer o foco a ser trabalhado.

Quando você não tem foco, simplesmente acaba perdido, caminhando em diversas direções e quem está no grupo percebe isto claramente. No momento que você estabelece um foco começa a criar uma proposta.

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Toda a criança desenha. Como compreender esse processo que começa igual para todas e vai se desenvolvendo? Como olhar o amadurecimento do ato de desenhar e identificar seus marcos?

A criança, mesmo em atividades coletivas, é única. Quando está desenhando não é diferente. Desenhar é expressar-se por meio de marcas, num modo próprio. É criação, é conquista de desenvolvimento motor e intelectual, é uma conversa com os saberes e a cultura que, nos primeiros meses de vida, tem características humanas universais.

O desenho, como Edith lembrou na postagem “Palavra de Edith Derdyk o desenho do gesto e dos traços sensíveis é linguagem inata: toda a criança, de qualquer tempo e lugar, desenha. Toda criança possui intimidade com o desenho como ponte de investigação, expressão e comunicação com o mundo.

desenho 3Da mesma forma que um desenvolvimento transformador, que passa por conquistas graduais e individuais, leva o bebê a andar, também o leva a ser capaz de desenhar. A criança começa a se expressar nos primeiros traços e percorre um caminho até realizar desenhos mais organizados e elaborados. Rosa Iavelberg ainda destaca que a única coisa que sabemos ser universal no desenho infantil é a garatuja. Todo o resto depende do contexto cultural.

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O que o professor observa? Como é esse olhar? No que ele se diferencia dos vários olhares que as crianças recebem dos pais, dos familiares, do médico e de outros educadores?

professor observadorO professor desenvolve um olhar observador da cena pedagógica: das crianças individualmente, em sua relação com o grupo e com os adultos, nas situações de aprendizagem.

Por quê?

A observação é uma ferramenta necessária para quem trabalha com educação. Por meio da observação o professor direciona seu olhar para buscar ver o que ainda é desconhecido. Por ser um olhar intencional, pensa e questiona a respeito do que vê e quer entender o que está acontecendo. Não é um olhar vago à espera de descobertas, é olhar cuidadoso, observador, olhar reflexivo.

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A adaptação dos pequenos na creche é motivo de ansiedade para pais, equipes pedagógicas e crianças. Temos muita pesquisa e fundamentação que precisa ser estudada, refletida e experimentada pelos professores para alicerçar o trabalho nessa etapa. O Tempo de Creche tem publicado uma série de postagens que valem a visita.

Mas alguns professores desenvolvem práticas comprovadas pela experiência que ajudam e podem inspirar outros profissionais. Vamos a seis delas:

criança no colo da mae 21- Na hora da chegada à creche, se a criança estiver no colo da mãe ou do responsável, NUNCA tire ela diretamente do colo! Não faça o papel de quem separa o pequeno de sua mãe! Peça para o responsável colocar a criança no chão e aí você pode pegá-lo e colocá-lo no seu colo.

 

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As professoras Fabiana Guimarães Santos e Sandra Ferrari, do CEI Nossa Turma, SP, planejaram sequências didáticas para desenvolver a IDENTIDADE com sua turma de 18 meses, ao longo do segundo semestre de 2014.

IMG_7298Após 6 meses com o grupo, os pequenos estavam adaptados à creche e à rotina da instituição. Exploradores, conheceram e se apropriaram dos espaços, das relações e dos materiais oferecidos em propostas de atividades sempre desafiadoras.

Em agosto as professoras perceberam o quanto esses pequenos cresceram! Muitos passaram a falar com desenvoltura, ampliando as possibilidades de se comunicar e contribuir; o equilíbrio de ficar de pé, caminhar e correr favoreceu pesquisas mais elaboradas; o interesse pelas narrativas ampliou a atenção e o prazer dos momentos de contação e leitura de livros.

A equipe suspirou de satisfação e notou: eles também estão cientes desse desenvolvimento! Numa proposta com fantasias, o espelho exacerbou as diferenças. As fantasias alteraram a visão de si e do outro.

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Uma das grandes conquistas da criança em seu processo de desenvolvimento é o início da construção da própria identidade. Mas, se refletirmos profundamente sobre esse tema, percebemos que a identidade leva uma vida inteira para ser construída!
brincadeira com bonecosQuem sou eu?
O que eu gosto?
O que eu não gosto?
Como eu me cuido?
Como me relaciono?
O que é importante para mim?
O que me diverte?
E muitos etc. para conduzir uma jornada de décadas de autoconhecimento!

Contudo, esse caminho tem seu início quando o bebê vem ao mundo e experimenta as sensações, emoções e aprendizagens que faz do seu entorno. Assim, o roteiro interminável das perguntas acima é formulado desde sempre!

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Como a criança interfere e se apropria dos espaços? É possível trabalhar o tempo? As quantidades? E os fenômenos naturais? Como a Base Nacional Comum Curricular aborda o pensamento matemático nas crianças pequenas?

Começando a conhecer o mundo, os bebês e as crianças pequenas iniciam e criam as primeiras aproximações com ele: observam, mexem, jogam, mordem, interagem, investigam…

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O texto provisório do documento da Base Nacional Comum Curricular também aborda propostas para provocar e desenvolver o campo de Experiências Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e Transformações em cada eixo de objetivos:
Conviver,
Brincar,
Explorar,
Participar,
Comunicar,
Conhecer-se

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Matemática na Base Nacional Comum? Crianças brincam, descobrem possibilidades e pensam hipóteses para explicar o que não entendem, em qualquer lugar e nas creches.

Gosto de observar crianças na rua. E você?
Gosto de olhar as descobertas que fazem quando catam alguma coisa no chão ou sobem nos canteiros e muretas, propondo desafios corporais ao andar, recolher pedrinhas, colecionar folhas…

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Nas casas, na rua, e principalmente nas creches, as crianças brincam, descobrem possibilidades, pensam hipóteses para explicar o que não entendem.

As crianças são curiosas e buscam compreender:

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